domingo, 20 de junho de 2010

Dias de solidão

Tem dias em que a gente se sente como quem partiu ou morreu. Quando o poeta da música popular escreveu esses versos, explicitava na canção o sentimento que muitas vezes se apodera de nossa alma.

São aqueles dias onde a alma se perde na própria solidão, encontrando o eco do vazio que ressoa intenso em sua intimidade.

São esses dias em que a alma parece querer fazer um recesso das coisas da vida, das preocupações, responsabilidades e compromissos, para simplesmente ficar vazia.

Não há quem não tenha esses dias de escuridão dentro de si. Fruto algumas vezes de experiências emocionais frustrantes, onde a amargura e o dissabor nos relacionamentos substituem as alegrias de bem-aventuranças anteriores.

Outras vezes são os problemas econômicos ou as circunstâncias sociais que nos provocam dissabores e colocam sombras na alma.

A incompreensão no seio familiar, a inveja no círculo de amizades, a competição e rivalidade desmedida entre companheiros de trabalho provocam distonias de grande porte em algumas pessoas.

Nada mais natural esses dissabores. Jesus, sabiamente, nos advertiu dizendo que no mundo só encontraríamos aflições.

Tendo em vista a condição moral de nosso planeta, as aflições e dificuldades são questões naturais e, ainda necessárias para a experiência evolutiva de cada um de nós.

Dessa forma, é ilusório imaginarmos que estaríamos isentos desses embates ou acreditarmo-nos inatacáveis pela perversidade, despeito ou inferioridade alheia.

Assim, nesses momentos faz-se necessário enfrentar a realidade, sem deixar-se levar pelo desânimo ou infelicidade.

Se são dias difíceis os que estejamos passando, que sejam retos nosso proceder e nossas ações. Permanecer fiel aos compromissos e aos valores nobres é nosso dever perante a vida.

Os embates que surjam não devem ser justificativas para o desânimo, a queixa e o abandono da correta conduta ou ainda, o atalho para dias de depressão e infelicidade.

Aquele que não consegue vencer a noite escura da alma, dificilmente conseguirá saudar a madrugada de luz que chega após a sombra, que parece momentaneamente vencedora.

Somente ao insistirmos, ao enfrentarmos, ao nos propormos a bem agir frente a esses momentos, teremos as recompensas conferidas àquele que se propõe enfrentar-se para crescer.

* * *

Se os dias que lhe surgem são desafiadores, lembre-se de que mesmo Jesus enfrentou a noite escura da alma, em alguns momentos, porém, sempre em perfeita identificação com Deus, a fim de espalhar a claridade sublime do Seu amor entre aqueles que não O entendiam.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 7,
do livro Atitudes renovadas, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Imagem do site http://eltonpacheco.wordpress.com/2009/05/

Dificuldades...

Tire de cada dificuldade que a vida lhe trouxer a lição de que nada tem valor a não ser o que é conquistado, lembrando sempre que o valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.
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sábado, 5 de junho de 2010

Caminhos


São muitos os caminhos... Caminhos tranquilos, plenos de flores, transitados sem problemas nem esforço.
Caminhos tortuosos, difíceis, cheios de pedregulhos, de aspereza e dificuldades.
Caminhos fáceis que conduzem a abismos profundos, como gargantas abertas no verde da selva.
Caminhos desconhecidos, que conduzem a alturas imensuráveis, margeando a montanha.
Caminhos de lama, após a chuva torrencial. Caminhos áridos, na terra castigada pelo sol ardente.
Caminhos ásperos, cheios de ervas daninhas e espinheiros. Caminhos curtos. Caminhos longos.

Em verdade, todos os caminhos têm algo em comum: o de permitirem ao viajante chegar a algum lugar.

Assim, o mais importante não é escolhe-lo por sua beleza, facilidade ou comprimento. O mais importante é saber onde se pretende chegar.

Na Terra, todos andamos por várias vias: as da comodidade, dos prazeres, das facilidades. São os caminhos curtos, fáceis e que conduzem o ser às bocas escancaradas dos abismos das paixões.

Existem aqueles que, de forma egoísta, preferem caminhar solitários e se perturbam após exaustiva marcha.

Os maus seguem trilhas suspeitas e se perdem em sombras.
Os que se afeiçoam ao bem seguem os caminhos da esperança e se iluminam. São vias de dificuldades, de tormentos e de dissabores. Caminhos espinhosos e difíceis, mas que dão acesso a portos de paz.

São eles que permitem ao homem alcançar as paragens superiores do bem que nunca morre e do amor que sempre dura.

Os servidores da caridade escolhem roteiros de ação constante pelo bem ao próximo e alcançam lugares de ventura.

A opção é individual e cada um a realiza de acordo com os sonhos e ideais acalentados na alma e os valores que carregue em sua intimidade.
Alcançar a felicidade breve e fugaz ou conquistar a alegria perene é decisão pessoal.

Na diversidade de tantos rumos, os homens se perturbam ou se tornam livres.

Contudo, não há ninguém que siga pelos caminhos de Jesus e que não deixe de alcançar o fim que almeja: a felicidade integral.

Hoje como ontem, Jesus, o Mestre incomparável, prossegue convidando o Seu rebanho, desejando atrair todos para Si.

O Seu convite perene é para que nos acerquemos Dele usufruindo de paz, alcançando a esperança e trabalhando sempre.

* * *
Ante a falta de tempo de que tanto reclamamos, face aos inúmeros quefazeres do dia-a-dia, é necessário parar para revisar e repensar Jesus.

Retornar aos Seus caminhos e percorrê-los com ternura é tarefa inadiável ao ser humano.

Assim procedendo, com certeza haveremos de experimentar o calor da Sua presença e a presença do Seu amor.
Ninguém há que possa prescindir de Jesus, escolher outros caminhos e ser feliz.

Redação do Momento Espírita com base no prefácio do livro
Pelos caminhos de Jesus, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.


Quantas vezes não pronunciamos no momento oportuno as palavras que gostaríamos de dizer, pelo medo de parecermos ridículos e imaturo... Quantas vezes ficamos porque tivemos medo de partir... Quantas vezes partimos porque tivemos medo de ficar... Quantas vezes dizemos baixinho o que na realidade gostaríamos de gritar...
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terça-feira, 1 de junho de 2010

Viver agora


Este é o teu momento de viver intensamente a realidade da vida.

Desnecessário recordar que, agora, o teu momento presente é relevante para a aquisição dos bens inestimáveis para o Espírito eterno.

Há muito desperdício de tempo, que se aplica nas considerações do passado como em torno das ansiedades do futuro.

A tomada de consciência é um trabalho de atualidade, de valorização das horas, de realização constante.

A vida é para ser vivida agora.

Postergar experiências significa prejuízo em crescimento na economia da vida.

Antecipar ocorrências representa precipitação de fatos que, talvez, não sucederão, conforme agora tomam curso.

As emoções canalizadas em relação ao passado ou ao futuro dissipam ou gastam a energia vital, que deve ser utilizada na ação do momento.

* * *

Se vives recordando o passado ou ansiando pelo futuro perdes a contribuição do presente, praticamente nada reservando para hoje.

O momento atual é a vida, que resulta das atividades pretéritas e elabora o programa do porvir.

Encoraja-te a viver hoje, sentindo cada instante e valorizando-o mediante a consciência das bênçãos que se encontram à tua disposição.

A vida é um sublime dom de Deus.

Naturalmente, quando recebes um presente de alguém sentes o desejo irrefreável de agradecer, de louvar, de bendizer.

Desse modo, agradece a Deus o sublime legado, que é a tua vida, por Ele concedido.

* * *

Deus, nosso Pai de infinita justiça e bondade:

Como é bom agradecer pela vida, por esta oportunidade sem igual de fazer parte de teu Universo resplandecente.

Brilha meu coração quando, ao observar o cântico da Tua natureza, percebe que tudo é feliz e cumpre seu papel resignadamente.

Brilha meu coração quando compreendo Tuas leis perfeitas a reger o cosmos; das leis que equilibram os corpos no espaço às leis morais que harmonizam as relações humanas.

Brilha meu coração ao saber que todos rumamos para a felicidade e que, embora acampemos agora em campos de aflição e dúvida, o passar das eras está construindo em nós as bases de dias felizes.

Brilha meu coração, hoje, agora, enquanto me dou conta de Ti, de mim, de meu próximo e percebo que estamos todos entrelaçados, e que a felicidade depende de como cuido de Ti, de mim e de meu próximo.

Brilha meu coração que é teu, Pai amado. E a luz que ele emite é a gratidão da criatura para com o Seu Criador.

É um despertar decisivo para a verdadeira vida, agora, aqui, na imensidão de minha alma encantada ao descobrir-Te, gradual e definitivamente.

Redação do Momento Espírita com base no cap. 17, do
livro Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 01.06.2010.